terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vou te contar

POR THAÍS MACEDO

Esse título meio novela de Manoel Carlos tem a ver com o que quero dizer, porque esse texto tem um “quê” de lição de vida. Olha a pretensão.

A grande descoberta dos meus 25 anos (com rostinho de 18) é que todo mundo tem defeito. E não olhe para o seu computador com cara de desdém, ou pense que eu sou uma estúpida por só descobrir isso agora. Sim, isso a gente já sabe há muito tempo, mas entender isso na essência, ah meu filho, é outra história.

Estamos acostumados a apontar os defeitos dos outros e nos afastarmos daqueles cujos defeitos consideramos imperdoáveis. Aí nos aproximamos das pessoas das quais só enxergamos as qualidades, sim elas possuem alguns defeitinhos, mas nada que prejudique a admiração.

Eis que o tempo passa e você percebe/descobre/aprende que aqueles que você escolheu para conviver tem os mesmos defeitos daqueles que você nem quis chegar perto. E pior, decobre que você mesmo tem alguns dos defeitos imperdoáveis.

Analisando um pouco, percebi que as pessoas à minha volta estão se tornando cada vez mais humanas e por mais que essa frase pareça estranha, eu estou ficando cada vez mais humana. Percebi que somos capazes de ter as mais generosas atitudes, os gestos mais altruístas e ainda sim, fazer coisas de extrema maldade. O famoso método de interpretação teatral “Fátima Toledo” diz que temos todos os sentimentos dentro de nós mesmos, só precisamos encontrar a motivação. Aquela história de que temos anjos e demônios dentro de nós é muito mais que desenho animado e a escolha de qual deles seguir é nossa. Nem sempre dá tempo, certas situações escolhem por si só.

Enfim, a grande descoberta dos meus 25 anos é que: é preciso ter muita paciência e praticar muito o exercício do perdão. Porque poucos erros são imperdoáveis e mesmo esses, a gente pode cometer um dia.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sobre o que eu nem sei quem sou

POR TIAGO DE SOUZA


Sempre tive vergonha/receio de admitir mudanças em minhas certezas. Porque sempre defendo tudo o que acredito com muita convicção, em alguns casos até com certa raiva de quem pensa ou defende o contrário à mim. Mas já posso considerar que esse ano de 2009 será marcante na minha vida, exatamente por me mostrar que o maluco beleza estava certo.


Nem ao céu nem ao inferno, seria o interessante. Não há a necessidade de ser uma metamorfose ambulante a todo instante, porque aí soaria pessoa sem personalidade, sem conteúdo, características inerentes às minhas vontades, que me acompanham desde o sempre. Mas ter velhas opiniões formadas sobre tudo, sem que a vida te ensine que pode ter errado em certo instante com determinada convicção, deixa a pecha de intransigente, turrão. E foi nesse ano que parei de me esconder nas minhas velhas opiniões sobre muita coisa.


Primeiro, na vida mesmo. Algumas decepções, privações, insucessos durante a minha ainda curta jornada, me fizeram acreditar na minha força além de qualquer limite. Sem confundir com arrogância, mas supunha ser mais forte do que qualquer obstáculo, por mais intransponível que ele parecesse. E assim seguia, subestimando problemas alheios por mim considerados irrisórios, escondendo sofrimentos com um samba (sempre ele) – "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" –, e tocando a vida com mais uma certeza, a de que seria quase uma personificação de Andraste, deusa mitológica tida com invencível. E aí vem a vida me colocar no meu lugar de ser humano e percebo que algumas vezes caímos, demoramos muito a levantar, a poeira ainda deixa uma parte suja e a volta por cima nem sempre vem da maneira que gostaríamos que viesse.


Depois percebi que a visão política nunca pode ser tida como definitiva. Nós, brasileiros, temos enraigado o sentido de torcida de futebol. Um pouco pelo sangue negro-latino, um pouco porque futebol, gostando ou não, parece estar na veia de todos na terra pau-brasilis. Transferimos isso em quase todas as esferas, não diferente na política. Muitas vezes presenciei – e fui parte delas – discussões acaloradas sobre visões políticas, sobre partidarismos, sobre políticos. Apesar de não ser do tipo que "torce contra", assim como muitos anti-lulistas, sempre defendi as bem executadas políticas sociais do atual governo acima de qualquer outra situação. Sem deixar de considera-las – assim como acredito ainda que a eleição de Lula deixou um bem inestimável, o pobre passou a ter política comprometida com seu bem estar social –, assisti a corrupção sem limites, confusão de partidarismo e Estado, e o, para mim, último golpe em minhas convicções, o esforço do Palácio do Planalto pró-Sarney. Meu futuro voto será repensado (não digo ainda que mudado), mas troquei a certeza política de outrora pela dúvida.


E venho numa mudança até nas coisas cotidianas, de pensamentos de tempos de infância... Mudei, primeiro, minha cidade preferida. Defendia antes a terra da garoa, mesmo sendo admirador incondicional do mar e aficionado por samba. Hoje, admito, cidade é aquela Maravilhosa. Mudei estilo de vida, corte de cabelo, usava brinco, gostava da rua, negava o gosto por música antiga, sonhava em largar tudo, valorizava status... ufa... mudei!


E geralmente isso ocorreria após uma grande ruptura na minha vida, sempre foi assim. E o ano das mudanças veio para mudar mais essa. Assumi que posso mudar simplesmente após o Rio de Janeiro ir para a fase final de escolhas da cidade que sediará os Jogos Olímpicos em 2016. A defesa era de que, primeiro, o Brasil tem muitos problemas maiores a serem resolvidos que consumiriam todo o montante gasto nos Jogos. Eu mesmo rebato, afirmando que os lucros serão superiores ao que for investido, que a cidade se beneficiará com obras de infra estrutura, que a visibilidade será histórica. Não queria os jogos no Brasil também pela experiência anterior no Pan Americano, onde as contas não foram aprovadas no Tribunal de Contas da União, com suspeitas de superfaturamentos de obras. Novamente eu me contesto, afirmando que para isso basta fiscalização. A comparação deve ter as devidas proporções, mas seria igual ser contra levar pavimentação à cidades com ruas e estradas de terra porque via de regra esse tipo de obra é superfaturada. E admiti a mudança antes da escolha do Rio como cidade olímpica, evitando ser tachado de remar somente à favor da maré.

E vibrei com a escolha da Cidade Maravilhosa, mas também por ter a certeza de poder ir numa apresentação musical e gritar, com gosto, "toca Rauuuuuul", esperando ouvir o trecho: "Eu quero dizer, agora, o oposto do que eu disse antes", mantendo, é claro, minha convicções... até elas mudarem novamente.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

#RIO2016 - é nosso!




É NOSSO PORRAAAAA! É RIO DE JANEIROO!

#CHUPAMADRID
#CHUPACHICAGO
#CHUPAOBAMA

A amazônia é nossa!!!! E as Olimpíadas também!
hahahaha só pra pirar...

#RIO2016