quarta-feira, 3 de junho de 2009

O meu é marfim

POR THAÍS MACEDO

Li uns textos na internet, em um site sobre publicidade muito bom - mas não vem ao caso – e eles falavam sobre o criado-mudo! Vários publicitários comentando sobre o, supostamente seu, objeto e pensei: mas que raios esse povo fica escrevendo sobre criado-mudo???

E comecei a matutar na tamanha importância deste móvel. Vi que ele se encontra no “top ten” de móveis importantes. Afinal, ele concentra suas tranqueira mais (des)necessárias: livros (o do momento), abajour, despertador (não é culpa do criado, você quem o escolheu como base para o objeto de repúdio em questão), celular, pra quem, como eu não o desliga, bilhetes, números de telefones que você nunca vai se lembrar de quem são, enfim... um resumo breve de sua vida.

Aí pensei: “e se ele não fosse mudo?".

Teríamos um problema muito grande, já pensou na sua vó chegando e o criado resolve comentar que as camisinhas ali dentro estão vencidas? Ou ele resolve brigar com você, afinal se você não acordar o despertador não pára (sim os criados irão dormir também). Ou imagine ele te enchendo a paciência para arrumá-lo pois está com indigestão de tanta porcaria dentro dele.
Ave, quanto poder!

Então, olhe para o seu criado-mudo, agradeça por ele estar ali ao lado sempre, aceitando tudo que vem de você, afinal o criado-mudo guarda a essência da vida de seu dono.

Ainda bem que ele é mudo!



PS: Desculpem meus temas, que ultimamente estão em torno dos móveis.. suponho que tenho visto muitos comerciais das Casas Bahia.

2 comentários:

  1. Não tenho criado mudo, por dó do mesmo:ele guarda todos nossos segredos, sem "abrir a boca",caladinho,e qdo levantamos atrasados e batemos o cotovelo ou o pé nele quase o matamos de xingar.Os palavrões saem desenfreadamente, como se ele tivesse culpa!!!E ele continua mudo,não retruca!Eu morro de dó!Assim preferi não ter um objeto indefeso do meu lado pra não dar dor de corno!

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