POR: THAÍS MACEDO
Será que a pessoa criativa nasce diferente? Já vem ao mundo com idéias inovadoras pensando em maneiras originais de mamar, molhar as fraldas ou ela aprende ao longo da vida a ter um olhar diferenciado sobre as coisas?
Se o indivíduo nasce criativo, Washington Olivetto devia ter inúmeras formas de choro, provavelmente sua primeira palavra não foi “ma ma” - muito comum – ele deve ter dito algo como “ornitorrinco” e seus pais sofreram ao ver que o filho comia de cabeça pra baixo. Contudo, o que se sabe é que Olivetto aos quatro anos de idade teve poliomelite e teve que ficar um longo período entrevado em uma cama. Período em que leu todos os livros de Monteiro Lobato, aprendeu a cantar músicas de Ary Barroso... pode-se dizer que a poliomelite ajudou a transformar Olivetto em um grande publicitário, pois com o tempo ocioso ele se alimentou de referências.
Mas e os outros? O que teria sido responsável, sarampo? Caxumba? Rubéola? Difícil dizer, talvez cada um tenha seu momento, quando atingiu o “nirvana da criação”.
Só sei que ao me tornar publicitária e tentar entrar para o mercado de trabalho me deparei com pré-requisitos como: ser criativo, ter grandes idéias diariamente, como se criatividade fosse uma roupa que a pessoa veste e passa a ver um mundo colorido.
Ser publicitário é saber vender. É se entupir de referências, de livros, de música, de arte e aprender – com a prática – a utilizá-las ao seu favor e claro, a favor do cliente.
Ser criativo é ter imaginação, é ser original, é pensar em várias formas de ver as coisas, antes de assumir uma posição, é inclusive, fazer o salário durar até o final do mês. Enfim, ser criativo é ter jogo de cintura. E também, pra isso é preciso prática.
Não se nasce criativo se aprende a ser. Não se nasce publicitário se estuda pra ser. Todo ser humano é capaz de ter idéias originais... afinal, toda idéia é original!
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